Ativismo de Género e LGBT em África: desafiando as fronteiras entre modernidade e barbárie

P20 –  Ativismo de Género e LGBT em África: desafiando as fronteiras entre modernidade e barbárie

Xaman Korai Minillo . Universidade Federal da Paraíba
Mariana Meriqui Rodrigues . Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos – UFT e Liga Brasileira de Lésbicas (LBL)

Os direitos de gênero e orientação sexual se conformam como mais uma arena onde regimes de poder e verdades privilegiam o Ocidente. Casos de sexismo, homofobia e ações de violência contra mulheres e LGBTs no continente africano são denunciados como evidência de barbárie e subdesenvolvimento, e justificam o intervencionismo ocidental. Entretanto, simultaneamente são ignorados eventos semelhantes que ocorrem no Ocidente que, a exemplo dos EUA, garantem apenas a parte da população feminina e LGBT os direitos plenos de cidadania em políticas homonacionalistas. A defesa de direitos femininos e LGBT em África pelo Ocidente promove uma falaciosa imagem de progresso com relação aos direitos destes grupos no Ocidente que permite a exportação de concepções e valores liberais e individuais ocidentais e o reconhecimento dessa parte da humanidade como moralmente superior, garantindo condições para a manutenção da subalternidade do continente africano, reconhecido como bárbaro frente ao Ocidente esclarecido. Convida-se artigos sobre ativismos feministas e LGBT em África reconhecendo as relações existentes entre sexismo, homofobia, colonialismo e regimes de poder que legitimam a promoção de direitos de minorias privilegiadas e reafirmam a superioridade de um Ocidente idealizado como moderno e esclarecido em oposição a uma África retrógrada, legitimando as hierarquias globais.


Papers

The period, Arab Spring, crystallized, ushered in unprecedented quick-running machinery for Nigerian sex migrant workers to have their enterprise plied abroad via Sahara, “the  largest hot Desert “and Mediterranean, “the most trafficked Sea.” Multiplicity of national and ethnic groups make up the most populous Black nation. Nigeria counts more than 250 groups and burdened by a number of challenges. Bini or Edo, a minority ethnic extraction had dominated the sex trafficking enterprise-for over three decades. (U S Department of Trade Trafficking Report 2012). Up to 80% of woman trafficked from Nigeria to Europe belonged to Edo (IOM). The paper investigates migration drivers vis-a-vis poverty and structural inequality- that trigger the surge in profession hitherto reputedly practiced along ethnic line, but now shared out with the major group. It focuses the dynamic potential and cross-cutting migration impacts of the emerging, but bigger group, covering a wide range of geographical and ecological zones on the family on one hand, the effects on the society at large on the other hand. It affirms the axiomatic relationship between migration and crime on account of symbiotic alliance of sex migrant workers and criminal gangs. Examining the roles of officers at all stages of trafficking movement. And the web of networks connecting countries together with one of the greatest sources(Nigeria), transit and destination (Libya), and dreamed host continent,(Europe) constituting a transnational social space facilitating migration flows.

 

Emmanuel O Adeyemi . Faculty of Arts Department of Theatre Arts University of Ibadan Oyo State Nigeria . emmanadeyemi@gmail.com

Os poderes da imagem são medidas que se reverberam no olhar, ideologias que transmutam a própria realidade na afirmativa do imaginário ao empoderar-se em uma causa.  A imagem na internet, em específico as redes sociais, tem uma linguagem e surge como uma ferramenta de divulgação de informação. Uma vez que a imagem é construção de um meio cultural, a mesma com o seu poder de gerar discurso é tida no seu teor de análise como ativista, na medida em que revoluciona, provoca e questiona, então surge como complemento a todo o sistema de rede e informações  ativistas. Tal instrumento nos movimentos de lutas LGBTs serve para empoderar o ativista na composição do espaço social visando ocupar zonas antes não permeadas em informação rápida e direta e para diante empoderar. Pensar ativismo é também refletir sobre linhas soltas em que se pode encontrar no processo de luta, então refletir a imagem na perspectiva do olhar, do lugar de onde se olha e por que se olha é está alerta para repressões da própria luta ativista nas causas LGBTs. Então, empoderar a imagem e quem a olha é de grande significância, pois a imagem tem o papel de representatividade e identidade, ela alargar os padrões sociais e desconstruindo uma imagem criada em um tempo histórico e reconstruindo a diversidade da própria identidade do sujeito.
Vinícius Pereira de Sousa . Universidade Estadual Vale do Acaraú . vinicius.vr.rodrigues88@gmail.com
Antônio Mescla Vasconcelos Braga . Universidade Estadual Vale do Acaraú . wesclabraga@gmail.com

Esta pesquisa busca analisar a produção artística do fotógrafo nigeriano Rotimi Kani-Kayode (1955-1989) que encontrou na fotografia um meio de expressar, de forma sensível e transgressora, a questão da homossexualidade, e trazendo também o seu próprio corpo, nu, como foco central das composições.  Através dessa análise, pretende-se compreender como a arte pode se tornar uma ferramenta cultural e política para tratar da questão da identidade, principalmente de sexo e de gênero, provocando uma reflexão quanto às percepções convencionais e conservadoras sobre o tema.
Debora Armelin Ferreira . Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU/FAAM – SP . deboraarmelin@hotmail.com

Urban Angolan culture has rarely given space to the narrative construction of homosexuality and even less of transsexuality. Curiously the theme began to occupy the public debate through the rapid rise in the musical limelight, of Titica, a transsexual who, starting from kuduro ranges now in various popular musical genres in Angola auto-representing herself  in a complicated game of mirrors that affirm and diluted at the same time, her transsexuality. My intervention aims to analyze how  Titica is creating her place in the Angolan popular music culture, but also to analyze how her success is being able to trigger a series of processes that,in a more or less explicit way,  are breaking the wall of silence until now existing around the homosexual and transgender issues in that country. Reflecting on what kind of self-narrative strategies Titica is acting in her  video-clips, I aim to show  how she is also occuping a prominent place in the incipient debate on LGBT themes in his country.

 

livia apa . Union-Napoli . liviaapa@gmail.com

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